segunda-feira, 28 de junho de 2010

domingo, 27 de junho de 2010

Diferenças entre o programa de 91 e o de 2010

Aqui teço algumas considerações sobre os dois programas, essencialmente apontando diferenças entre o programa de de 91 e o de 2009, trabalho este solicitado pelo Formador.

De certo que muito já se disse sobre a análise comparativa entre o programa ainda vigente de Língua Portuguesa e o programa de 2009, seu sucessor, no entanto e a pedido do formador Luís Filipe Redes, no âmbito da acção de formação sobre os Novos Programas de Português, vou aqui deixar o meu ponto de vista, apesar de modesto.
Numa primeira comparação ressalta o tempo, ou melhor a época, em que quer um quer outro programa foram implementados, daí que cada programa se enquadre na conjectura social e política do país, visando atingir determinados objectivos em termos de aquisição de conhecimentos e de resultados esperados. O programa de 91 centrava o ensino no aluno, dando-se primazia ao saber fazer. Comparativamente ao segundo e terceiro ciclos, havia já uma exigência na abordagem de determinados conteúdos no segundo ciclo, preparando o aluno para uma melhor abordagem dos mesmos no terceiro ciclo. Dava-se primazia ao trabalho de grupo e as aulas decorriam com os alunos a sentirem-se parte integrante do processo de ensino e aprendizagem. No entanto com o passar do tempo e com as turmas cada vez mais lotadas de alunos e com casos de alunos cada vez mais problemáticos, estas e outras práticas foram deixando de ser praticadas nas salas de aula, tendo os professores adoptado estratégias menos complexas e menos morosas de implementar e que facultassem a todos os alunos a aquisição das matérias leccionadas.
Numa primeira abordagem aos Novos Programas de Português fiquei com a impressão de que não existiriam metas claras uma vez que os resultados esperados não condicionam a progressão dos alunos. Pensei então que seria mais do mesmo já que esta situação era a que existia com o Programa de 91. No entanto, a situação actual do país prevê que os alunos tenham sucesso e que os professores - como só eles sabem fazer - apresentem resultados que satisfaçam positivamente as estatísticas. Para tal cabe ao professor de Português aplicar uma lista de ingredientes (regionalismos, acordo ortográfico, nova terminologia, …) a par com o desenvolvimento de competências de oralidade, levando ainda o aluno a ler e a compreender o que lê, incutindo no aluno o gosto pelo texto literário bem como a escrever diversos tipos de texto, tudo isto sempre a par com o conhecimento e aplicação do conhecimento explícito da língua. Esta última competência ganha ênfase no programa de 2009, pois ao longo da análise sistemática, dos NPP e entrando numa exploração mais profunda dos vários GIPs, verifiquei que existe o objectivo de minorar os desnivelamentos do conhecimento que o aluno tem da língua e da sua cultura, fazendo com que todos os alunos dominem e usufruam da sua língua materna como uma mais-valia e uma ferramenta ao seu dispor. Daí que a atenção dada à abordagem do GIP de CEL seja superior, comparativamente com os outros GIPs e com a complexidade que assumia no programa anterior, adquirindo agora uma maior complexidade, essencialmente ao nível dos segundo e terceiro ciclos. O conhecimento explícito da língua, no programa de 2009, é portanto uma competência nuclear e não aparece difundida nas outras três competências como aparecia no programa de 91.
Verifiquei também que os NPP assentam no trabalho cooperativo entre professores, prevendo que sejam feitas pelas escolas anualizações de acordo com o perfil dos alunos das mesmas. Parece-me contudo, que com tais ambições, será necessário destinar à disciplina de Língua Portuguesa uma maior carga horária, para que ela possa ser tratada com o rigor que lhe está subjacente e para que os alunos possam tirar todo o partido da aprendizagem da língua da escola, não esquecendo, nós professores de Português que somos os agentes do desenvolvimento curricular e os responsáveis pelas decisões de operacionalização, daí que não nos podemos restringir apenas ao programa mas sim utilizá-lo como mais uma ferramenta que possibilite ao aluno realizar um conjunto de experiências que o leve a aprender as normas da língua padrão.

sábado, 26 de junho de 2010

Progressão entre ciclos na competência de CEL

Escolha uma competência e mostre como evolui (apenas) um resultado esperado do 1º ciclo para o(s) seu(s) correspondentes do 2º e do 3º ciclos.


Relativamente a esta questão e no que concerne ao Conhecimento Explícito, a nossa escolha recaiu sobre o uso correcto da pontuação, atendendo ao facto da colega Melânia, que integra este grupo, ter já apresentado o seu TPC, neste âmbito.
De acordo com os dois momentos que constituem o 1º ciclo, os alunos deverão saber manipular e comparar dados para descobrir regularidades no funcionamento da língua, com vista à aprendizagem de novas convenções sobre o modo como o texto se organiza, utilizando correctamente a pontuação. Quanto a propostas de actividades dirigidas ao 1º momento, sugere-se a redacção de frases ou de pequenos textos com o recurso à enumeração. No 2º momento, propõe-se a não utilização da vírgula entre o sujeito e o predicado a partir da escrita de textos.
Os quatro anos que constituem o 1º ciclo de estudos deverão possibilitar aos alunos o exercício efectivo da escrita, através da produção de textos pessoais e criativos, regulados por modelos, e proporcionar a aquisição de regras, normas e procedimentos no âmbito da estrutura, da organização e coerência textuais. Em suma, pretende-se ampliar a consciência linguística de modo a transformar progressivamente o conhecimento implícito em conhecimento explícito.
Quanto ao resultado esperado para o 2º ciclo “ descobrir regularidades na estrutura e no uso da língua, com base em práticas de experimentação”, é de particular relevância que o aluno aprofunde a relação com o texto escrito, produzindo mensagens cada vez mais em autonomia. Assim, o conhecimento explícito da língua será também responsável pela melhoria das outras competências, nomeadamente da escrita. Neste ciclo de estudo, prossegue a já iniciada actividade de descoberta, reflexão, explicitação e sistematização de conhecimentos sobre a língua, contudo o aluno, para além de saber memorizar definições de termos, deverá ser capaz de utilizar correctamente e em contexto os conceitos exigidos. Como actividades a desenvolver no tocante à pontuação e tendo como ponto de partida os graus de proficiência alcançados no final do ciclo anterior, propõe-se um trabalho de carácter experimental e oficinal que se traduz na implementação de uma oficina de escrita.
Sobre o 3º ciclo “reflectir sobre o funcionamento da língua para, a partir da realização de actividades de carácter oficinal, analisar e questionar os sentidos dos textos”, preconiza-se a capacidade para a produção de textos em português padrão com o recurso a vocabulário cada vez mais diversificado e a estruturas gramaticais mais complexas, fazendo uso correcto dos sinais de pontuação. Os alunos, quando chegam ao 3º ciclo, já experimentaram inúmeras situações de aprendizagem. Cabe ao professor saber articular devidamente essa mais-valia, aprofundar conhecimentos, apoiando na apropriação de mecanismos textuais progressivamente mais complexos. Sublinhe-se, então, a pertinência de criar uma Oficina da Língua, onde os alunos poderão articular o seu trabalho com as diversas actividades de leitura e de escrita, que visem a análise, a manipulação e a reflexão de diferentes aspectos da língua.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Criar um leitor eficaz

No âmbito do GIP da leitura, as formandas realizaram o trabalho para criar um leitor eficaz, que aqui apresento.

Comentário à ficha da Melânia


Estive a analisar a ficha sobre as frases simples e complexas.

Pareceu-me estar bem adaptada ao nível etário dos alunos, do sétimo ano, porém vou experimentá-la numa turma minha de 6ºano, pois os alunos correspondem com facilidade às tarefas de CEL.

"A casa das Bengalas" - comentário

Gostei da apresentação do guião utilizando as novas tecnologias.

Verifiquei que através dos para textos os alunos podem fazer a antecipação da obra, uma vez que os mesmos estão muito bem conseguidos.

O pormenor das violetas colocadas em canto inferior direito de cada diapositivo leva os alunos a criar expectativa para que, no final, descubram o porquê das mesmas.

O guião permite que os alunos façam antecipações da história através da sinopse que lhes é apresentada.

As actividades estão bastante diversificadas, contemplando as várias competências (escrita, leitura, …).

As perguntas têm uma linha condutora, seguindo a sequência da própria obra, sem, no entanto, serem demasiado extensas, o que, a meu ver, poderia levar à desmotivação dos alunos. São questões intercaladas que levam os alunos a explorar os não ditos do texto, a estabelecer relações entre factos, conduzindo os alunos a perceber a lógica da história, através da leitura sequencial da mesma.

Boas Práticas na Escola Básica Frei Estêvão Martins

Na minha escola começámos por fazer reuniões quinzenais, com os docentes do 2ºciclo, que estão a leccionar a disciplina de LP, tendo também feito as duas primeiras reuniões sobre a apresentação dos NPP conjuntamente com as colegas do 3º ciclo, com o objectivo de apresentar os pressupostos desta formação.

Ultimamente, as reuniões têm sido mensais, pois a disponibilidade dos docentes é menor, devido ao excesso de trabalho na escola.

Estas reuniões são feitas às 5º feiras à tarde, pois a escola disponibilizou esse tempo conjunto para as mesmas.

A metodologia adoptada tem sido a de apresentar e partilhar com os colegas toda a informação recebida na formaçãon nas Caldas.

São feitas convocatórias e actas das reuniões efectuadas.

Também se partilham angústias e dúvidas que pairam nas cabeças dos colegas sobre os NPP e a melhor forma de os implementar junto dos alunos.

GIP de leitura

O grupo Elsa, Filomena, Manuela e Melânia apresentou resposta a três questões apresentadas pelo formador sobre o GIP de leitura.

Anualização do CEL


O trabalho de grupo realizado por Elsa, Filomena, Manuela e Melânia visou realizar a distribuição dos conteúdos referentes ao conhecimento Explícito da Língua, ao longo dos 5º e 6ª anos.

Competência do CEL -progressão

Este trabalho levou o grupo formado por Elsa, Filomena, Manuela e Melânia a pesquisar, reflectir e perceber como é que a competência do CEL evolui ao longo do ensino básico. Como resultado final, apresentou-se o power point, dando conta dessa evolução.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Sujeito nulo e advérbios

Apliquei um Gip, aqui, sobre funções sintácticas, especificamente o sujeito nulo, tendo feito ligeiras orientações ao original. Apresentei a matriz de apreciação do mesmo GIP. Elaborei e apliquei uma ficha de trabalho sobre este assunto. À semelhança do GIP, criei material sobre os advérbios a aplicar a uma turma de alunos do 6º ano.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Guião do conto "A Aia"

O guião foi um trabalho realizado pelo grupo: Elsa, Filomena, Manuela e Melânia, no âmbito da competência da leitura, para alunos do 7ºano.

Participação na plataforma

Respondi a dois testes formativos disponibilizados pelo formador, na plataforma, para atestar os meus conhecimentos sobre os novos programas.

Primeiro teste: incidia na leitura dos novos programas de Português.

Segundo teste: visou consolidar, exercitar e concretizar as noções de conhecimento explícito dos novos programas de Português.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Reflexão crítica


Quando me foi dito que viria frequentar a acção sobre os Novos Programas de Português, fiquei expectante sobre o conteúdo e o aproveitamento prático da mesma formação para a minha prática lectiva. O esforço exigido era grande – 50 horas presenciais e 70 horas na plataforma moodle, enquanto decorriam as aulas e todo o trabalho inerente às mesmas, acrescido do cargo de direcção de turma com todo o trabalho burocrático que o mesmo implica e ainda com uma turma de currículo alternativo do 7º ano que necessitava uma constante adaptação e produção de materiais específicos para conseguir atingir algumas das metas propostas. Iniciei a formação e constatei que o respectivo programa era ambicioso, daí que apesar de o mesmo ter sido cumprido pelo formador, alguns dos pontos foram desenvolvidos de uma forma sumária, pois o tempo foi pouco e a pertinência dos assuntos era tal que por vezes a sua discussão se prolongava. Seria bom que para obter melhores resultados houvesse, nas escolas, formação para todos os docentes de Língua Portuguesa. Também achei absurdo “ensinar” às minhas colegas, na escola, o que eu ainda deveria estar a aprender.

A metodologia adoptada pelo formador adequou-se aos objectivos da formação, facilitando, de alguma forma, a aprendizagem e a compreensão prática dos conteúdos e envolvendo os formandos na dinâmica da formação. Também se proporcionou alguma troca de experiências entre os formandos. No entanto, este ponto que é já por si um princípio do trabalho cooperativo entre docentes, poderia ter sido mais aprofundado, levando a uma relação mais estreita entre a teoria e a prática profissional dos formandos. Relativamente ao grupo de trabalho de que fazia parte, houve troca de experiências e partilha de actividades, fomentando o trabalho colaborativo que é uma das referências dos Novos Programas.

Para concluir, saliento que apesar da sobrecarga de trabalho que já referi, a frequência da acção se revelou positiva, facultando algumas respostas às minhas expectativas e despertando-me alguma vontade de explorar as potencialidades deste programa.