terça-feira, 22 de junho de 2010

Reflexão crítica


Quando me foi dito que viria frequentar a acção sobre os Novos Programas de Português, fiquei expectante sobre o conteúdo e o aproveitamento prático da mesma formação para a minha prática lectiva. O esforço exigido era grande – 50 horas presenciais e 70 horas na plataforma moodle, enquanto decorriam as aulas e todo o trabalho inerente às mesmas, acrescido do cargo de direcção de turma com todo o trabalho burocrático que o mesmo implica e ainda com uma turma de currículo alternativo do 7º ano que necessitava uma constante adaptação e produção de materiais específicos para conseguir atingir algumas das metas propostas. Iniciei a formação e constatei que o respectivo programa era ambicioso, daí que apesar de o mesmo ter sido cumprido pelo formador, alguns dos pontos foram desenvolvidos de uma forma sumária, pois o tempo foi pouco e a pertinência dos assuntos era tal que por vezes a sua discussão se prolongava. Seria bom que para obter melhores resultados houvesse, nas escolas, formação para todos os docentes de Língua Portuguesa. Também achei absurdo “ensinar” às minhas colegas, na escola, o que eu ainda deveria estar a aprender.

A metodologia adoptada pelo formador adequou-se aos objectivos da formação, facilitando, de alguma forma, a aprendizagem e a compreensão prática dos conteúdos e envolvendo os formandos na dinâmica da formação. Também se proporcionou alguma troca de experiências entre os formandos. No entanto, este ponto que é já por si um princípio do trabalho cooperativo entre docentes, poderia ter sido mais aprofundado, levando a uma relação mais estreita entre a teoria e a prática profissional dos formandos. Relativamente ao grupo de trabalho de que fazia parte, houve troca de experiências e partilha de actividades, fomentando o trabalho colaborativo que é uma das referências dos Novos Programas.

Para concluir, saliento que apesar da sobrecarga de trabalho que já referi, a frequência da acção se revelou positiva, facultando algumas respostas às minhas expectativas e despertando-me alguma vontade de explorar as potencialidades deste programa.


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